orquestra sinfônica da ufrj

A orquestra sinfônica mais antiga do Rio de Janeiro

A Orquestra Sinfônica da UFRJ foi criada oficialmente em 1924, como Orquestra do Instituto Nacional de Música, durante a gestão do professor Alfredo Fertin de Vasconcelos (1862-1934). Sua primeira apresentação se deu no dia 25 de setembro de 1924 na sala de concertos do INM, atual Salão Leopoldo Miguez, com um total de 33 alunos dirigidos pelo professor Ernesto Ronchini (1863-1931), durante solenidade de entrega de prêmios aos alunos laureados, na presença do presidente da república Arthur Bernardes (1875-1955).

No programa constaram apenas obras para orquestra de cordas, como Tetéia (Pequena Valsa) e Polônia (Mazurka), dois números da série “Esboços - Cenas Pitorescas” op. 39 de Leopoldo Miguez e Berceuse e Gavota para cordas de autoria do próprio maestro Ronchini.

Em 1937, o INM foi incorporado à Universidade do Brasil e a orquestra passou a se chamar Orquestra da Escola Nacional de Música. Diversos regentes com ela atuaram, entre os quais podemos destacar os compositores Francisco Mignone (1897-1986), Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), José Siqueira (1907-1985), os maestros Souza Lima (1898-1982) e Armando Belardi (1900-1989), Eleazar de Carvalho (1912- 1996), Mário Tavares (1928-2002) e Henrique Morelembaun.

As óperas passaram a fazer parte da temporada anual de concertos a partir de 1949, quando foi apresentada Moema de Delgado de Carvalho no Theatro Municipal do Rio de Janeiro por ocasião do centenário da Escola Nacional de Música. Outros espetáculos líricos importantes apresentados pela orquestra foram as óperas Xerxes de Haendtel, Le Nozze di Fígaro e Die Zauberflote de Mozart, O Barbeiro de Sevilha de Rossini, Le Villi e Madama Butterfly de Puccini, La Traviata de Verdi, The Telephone de Giancarlo Menotti e Der Freischütz de Weber, assim como óperas de compositores brasileiros como Uma Noite no Castelo de Henrique Alves de Mesquita, Abul de Alberto Nepomuceno, Jupira de Francisco Braga, Fosca e Lo Schiavo de Carlos Gomes, O Chalaça de Francisco Mignone, Maroquinhas Fru-Fru de Ernst Mahle e O diletante de João Guilherme Ripper.

Em 1969, a orquestra foi reformulada, sendo o maestro Raphael Baptista (1909-1984) nomeado seu regente titular. Por sua indicação, foi sucedido em 1979 pelo maestro Roberto Duarte, que esteve à frente do conjunto por mais de quinze anos. Atualmente, está sob a direção dos maestros Ernani Aguiar e André Cardoso.

Em 1997 a orquestra realizou a gravação integral do Colombo de Carlos Gomes (1836-1896), que mereceu dois importantes prêmios: Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de “Melhor CD de 1998” e Prêmio Sharp 1998 de “Melhor CD” na categoria música erudita.

Em 2005 e adotou o nome de Orquestra Sinfônica da UFRJ, vinculando-se diretamente ao Departamento de Música de Conjunto e fortalecendo seu caráter de grupo representativo da Universidade Federal do Rio de Janeiro.